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domingo, 23 de outubro de 2011

Wilhelm Reich - O pai do toque

Nasceu em 24 de março de 1896, em Dobrzanica, uma pequena aldeia do distrito de Peremyshliany, no noroeste da Ucrânia (na época o território pertencia ao Império Austro-Húngaro, no seio de uma família abastada de proprietários judeus germanizados.

Era filho de Leon e Cecilie Reich, a família mudou-se para sul, para a região da Bukovina, onde o pai foi gerir uma grande fazenda em Jujinetz.
 O jovem Reich foi educado estritamente segundo a cultura alemã e os pais mantiveram-no sempre afastado da população judaica e de sua cultura.

Até aos 13 anos teve sempre professores particulares e depois estudaria no liceu de Czernowitz.

Em 1909, Cecilie, durante as frequentes viagens e ausências do seu ciumento e colérico marido, foi seduzida pelo preceptor dos filhos.
Leon acabaria por descobrir o adultério, com o involuntário testemunho do Wilhelm.

A partir de então, Leon passou a atormentar e a humilhar impiedosa e diariamente a sua mulher, de tal forma que ela acabou por se suicidar em 29/09/1910, tragédia familiar que traumatizaria Reich e lhe definiria o rumo da sua vida.
Em 1914, cheio de remorsos, o pai contraiu voluntariamente uma pneumonia que degenerou em tuberculose e morreu, deixando o jovem Reich e seu irmão Robert (nascido em 1900), desamparados e a braços com a gestão da fazenda em circunstâncias muito difíceis.

Apesar de tudo, Reich prossegue os seus estudos - mas no ano seguinte, no decurso da Iguerra Mundial, a região é invadida pelos Russos e a fazenda é destruída.

Reich teve de fugir para Viena, completamente arruinado, onde foi incorporado no exército austríaco, graduando-se como oficial e servindo na frente italiana.

Em 1918, com o final da guerra, Reich regressou a Viena e à vida civil e, ansioso de aprender rapidamente uma profissão que lhe permitisse subsistir, ingressou no curso de Direito, o mais breve de todos, mas depressa se aborreceu e logo se transferiu para a Faculdade de Medicina.

Sobredotado, e valendo-se do seu estatuto especial de veterano de guerra, completou o curso de seis anos em apenas quatro.

Sobrevivia dando explicações aos seus colegas. Em 1919, ao preparar um seminário sobre sexologia conhece  Freud.

Formando-se em 1922, inicia seus trabalhos com o tratamento de pacientes com distúrbios mentais, na Universidade Neurológica e Psiquiátrica, junto a Paul Schilder.

Inclui no tratamento técnicas de hipnose e psicoterapia, em 1924 faz sua pós-graduação, sendo membro integrante da sociedade psicanalítica de Viena, até 1930.
Foi casado com a sua paciente Annie Reich (que se tornaria psicanalista), de quem se divorciou em 1932, e de quem teve duas filhas, Eva e Lore.

Viveu mais tarde com a bailarina Elsa Lindenberg, de quem se separaria ao partir para os E.U.A. Pouco depois de lá chegar, viveria com a sua assistente Ilse Ollendorf, com quem se casaria e com quem teve um filho, Peter. Mais tarde, divorciar-se-ia de Ilse e teria uma ligação com a bióloga e sua colaboradora, Aurora Karrer, sua última companheira.
Em 1933 é forçado pelo nazismoa sair da Alemanha, mudando-se para Oslo, na Noruega, laborando no Instituto de Psicologia da universidade local.

Ali vive até 1939, quando muda-se para Nova Iorque, cuidando de divulgar suas idéias, agora na língua inglesa, tendo seu "A função do orgasmo" sido neste idioma publicado a primeira vez em 1942.

Nos E.U.A. Reich cria um instituto para o estudo do “orgone universal", que intenta utilizar em tratamentos - inclusive do câncer.

Em 1954 passa a ser investigado pela FDA (Federal Food and Drug Administration), que lhe rende um processo e posterior aprisionamento, após infrutíferas tentativas de apelação. Reich não reconhecia outra pessoa na defesa de sua ciência para si.

Encarcerado desde 12 de março de 1957, morre de ataque cardíaco em 3 de novembro
Foi um discípulo de Sigmund Freud, propôs a gênese da neurose como consequência dos conflitos de poder que se estabelecem nas relações sociais e suas implicações emocionais e psicológicas.

Reich dava grande ênfase à importância de desenvolver uma livre expressão dos sentimentos sexuais e emocionais dentro do relacionamento, amoroso maduro.

Reich enfatizou a natureza essencialmente sexual das energias com as quais lidava e descobriu que a bionergia era bloqueada de forma mais intensa na área pélvica de seus pacientes.
Reich aproxima-se, por meio transverso, de idéias menosprezadas pelo meio científico tradicional, tais como a Teosofia e até mesmo o Espiritismo, falando da existência de uma substância intangível, vital, que batizara de orgone cósmico- e que equivaleria, grosso modo, ao "prana" teosófico ou o "fluido cósmico universal" de Kardec (Reich desconhecia completamente o Yoga).

Analisando os efeitos da respiração no ato sexual sobre o indivíduo, Reich chegou à conclusão que seu uso harmonizaria o corpo físico, com implicações na própria mente.

¨A vida brota de milhares de fontes vibrantes, entrega-se a todos que a agarram, recusa-se a ser expressa em frases tediosas, aceita apenas as ações transparentes, as palavras verdadeiras e o prazer do amor." Com mensagens como essa, Reich, teórico controvertido, conquistou seguidores no mundo inteiro.¨
Considerado gênio por alguns e louco por outros, o austríaco Wilhelm Reich foi o maior revolucionário da Psicologia deste século.

Pioneiro da Revolução Sexual, precursor dos movimentos ecológicos e da psiquiatria biosocial.

Reich desenvolveu também artefatos usados na cura do câncer e na diminuição dos efeitos negativos da energia nuclear.
O conceito de couraça neuromuscular do caráter mostra como a neurose se dá através da estagnação da energia vital.

Wilhelm Reich foi expulso da sociedade Psicanalítica por divergências teóricas e ligações com a política; e também do Partido Comunista por suas denúncias contra o autoritarismo reinante.
Em 1956, Reich é detido por se recusar a comparecer ao Tribunal para comprovar os efeitos terapêuticos dos acumuladores.

Um ano após sua prisão, Reich morre na cadeia deixando um legado para as gerações futuras que ainda surpreendem-se com sua originalidade e rebeldia.

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